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Vandalismo na cidade provoca prejuízo para a população – Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro – prefeitura.rio

O que sobrou de uma papeleira vandalizada em rua do Rio – Divulgação

Mais do que arranhar a imagem da cidade do Rio de Janeiro, um dos maiores destinos turísticos do Brasil, os constantes casos de vandalismo no município trazem transtornos e prejuízos para a população carioca. Além disso, atrapalham novos investimentos da Prefeitura, pois recursos que seriam alocados em novos projetos acabam sendo transferidos para consertar o que foi destruído, ou na elaboração de iniciativas para evitar a depredação do patrimônio público.

Entre os principais casos de vandalismo na cidade estão os furtos de cabos e luminárias; furtos dos controladores dos sinais de trânsito; depredação das estações do BRT; furtos de papeleiras; pichações; e furtos e depredação de monumentos e locais históricos.

 

Funcionário instala proteção em caixa de luz – Prefeitura do Rio

 

Iluminação

Um levantamento realizado pela Rioluz, em parceria com a concessionária Smart Luz, constatou que, somente no mês de maio deste ano, a Parceria Público-Privada gastou mais de R$ 1 milhão por conta dos atos de vandalismo na rede elétrica da cidade. De janeiro a maio deste ano, o valor ultrapassa os R$ 3,8 milhões.

Com o intuito de minimizar os danos pela cidade, a Rioluz já executou diversos projetos antifurtos em diferentes localidades, desde a blindagem das eletrocalhas de passagem de fios, colocação de caixas gradeadas para impedir o furtos de luminárias de LED até a instalação de câmeras de monitoramento em pontos estratégicos.

Na Linha Vermelha, oito quilômetros de cabos de cobre foram substituídos por alumínio, que possui menor valor de revenda. A Rioluz também concretou as caixas de passagens de fios subterrâneos da via para dificultar as investidas dos criminosos. Já no Túnel Velho, que liga os bairros de Botafogo e Copacabana foram colocadas mais de 180 caixas gradeadas em torno das luminárias.

A Zona Oeste é a região com maior ocorrência de furtos na rede elétrica. A região do Maracanã, na Grande Tijuca, também é recorrente na lista das ocorrências. Como uma forma de tentar identificar os vândalos e criminosos que atuam nesta região, a concessionária instalou oito câmeras de fiscalização em pontos táticos para flagrar as investidas dos ladrões e municiar a polícia com informações estratégicas.

 

Funcionário instala sinal de trânsito – Divulgação

 

Sinais de trânsito

De acordo com dados da CET-Rio, de janeiro a maio deste ano o prejuízo com furtos de cabos e controladores de sinais de trânsito foi de R$ 2,4 milhões. Foram furtados mais de 28 mil metros de cabos e 44 controladores de sinais de trânsito pela cidade. A área com a maior incidência de furtos de ambos os casos foi a Grande Tijuca.

Dependendo do modo como os furtos acontecem, alguns locais podem levar horas ou até dias para serem reparados, em decorrência da grande quantidade de material furtado e da complexidade para a reposição.

A CET-Rio tem tomado medidas na tentativa de amenizar o problema, como a soldagem das caixas onde são abrigados os cabos e o posicionamento dos equipamentos nos postes em locais mais elevados e com garras antifurto. Nos locais mas críticos, os cabos elétricos também estão sendo enterrados no solo para que não sejam alvos de novos furtos.

 

Equipe do BRT Seguro – Divulgação

 

Estações do BRT

Com a reforma de 117 estações do sistema BRT até o momento, a Prefeitura do Rio conseguiu, além de proporcionar conforto para os passageiros, a diminuição de 90% do número de casos de vandalismo. Com as melhorias realizadas, foram instalados mecanismos que reduzem e dificultam depredações nas estações, como a substituição de painéis e portas de vidro por chapas de aço vazadas, fiação embutida e mecanismos de portas blindadas.

Segundo dados do setor de infraestrutura da Mobi-Rio, de janeiro a março deste ano, apenas 38 ocorrências foram registradas, em comparação com as 364 do primeiro trimestre de 2022.

Um outro aliado no combate a esse tipo de crime é o sistema de monitoramento do Centro de Controle e Operações (CCO). Oito funcionários se revezam 24 horas por dia, sete dias da semana, verificando online as imagens das câmeras das estações para identificar qualquer ação ou atitude suspeita. Quando algo é detectado, agentes do BRT Seguro, da Secretaria de Ordem Pública (Seop), e a Polícia Militar são acionados.

Com dois anos de vida completados no dia 6 de junho deste ano, o programa BRT Seguro já realizou 2.132 prisões por roubo, furto, vandalismo, desacato e importunação sexual. Os agentes atuam 24h por dia, realizam patrulhamento em viaturas, nas estações e embarcados nas composições.

Furto de papeleiras

O furto e vandalismo de papeleiras segue causando imensos prejuízos. Apenas na região da Barra da Tijuca e de Jacarepaguá foram furtadas 93 papeleiras em 2023, todas com registro na delegacia, sendo que 11 delas foram furtadas no Anil, entre os dias 20 e 26 de abril.

A cidade conta, atualmente, com cerca de 45 mil recipientes plásticos instalados, as chamadas papeleiras. Em média, de 500 a 600 unidades são furtadas/vandalizadas por mês, ou cerca de 6 mil por ano. São registrados casos de vandalismo e furto em toda a cidade, do Leblon a Santa Cruz. O prejuízo aos cofres públicos chega a cerca de R$ 1 milhão a cada ano, com base nos valores da última compra realizada (R$ 149,77 a unidade). Em 2022, entre reposições, trocas e novas instalações, foram colocadas 5.584 peças. Em 2023, de janeiro a abril, o número já chega a 4.104.

A durabilidade dos equipamentos é de cerca de cinco anos, desde que recebendo limpeza e manutenção adequadas e sendo bem cuidadas pela população. Os equipamentos são destinados apenas a pequenos resíduos. Caso recebam lixo domiciliar, caixas e uso de força para inclusão de materiais maiores, a durabilidade cai. A Comlurb ressalta que catadores informais e moradores em situação de rua também são responsáveis pela destruição de boa parte das papeleiras, ao remexer os resíduos em busca de materiais potencialmente recicláveis para vender.

A Comlurb realiza, diariamente, a instalação de cestas, contemplando todos os bairros da cidade. Quando chega um pedido ele é avaliado e, de acordo com a necessidade, a Companhia programa as instalações.

 

Servidores municipais limpam monumento no Campo de Santana – Fotos Marcelo Piu / Prefeitura do Rio

 

Pichações

As pichações em espaços públicos trazem prejuízos não somente à estética da cidade, mas também as cofres públicos. Além de removedor e tinta antipichação, a Comlurb também emprega água de reuso sob pressão para enxaguar. Essa água, tratada e decida pela Cedae, poderia ser utilizada em outros fins, como lavar áreas de feira livre e muitos pontos da cidade onde há mau cheiro causado por urina.

Apenas nos quatro primeiros meses deste ano foram gastos mais de R$ 15 mil na retirada de 1.779 pichações (1.270,38m²). Em 2022, foram retiradas 2.447 pichações (16.994,13m²), ao custo de mais de R$ 639 mil em removedor, tinta de concreto, tinta antipichação e custo com veículos de apoio às operações.

 

Revitalização da estátua de Carlos Drummond de Andrade – Divulgação / Prefeitura do Rio

 

Monumentos e locais históricos

Em 2021, a Secretaria Municipal de Conservação restaurou o conjunto escultórico de Noel Rosa, em Vila Isabel, que havia sido vandalizado. No mesmo ano, foram religados os chafarizes do Largo do Machado; da Praça General Tibúrcio, na Urca; da Praça Saens Peña, na Tijuca; da Praça Edmundo Bittencourt, no Bairro Peixoto, e Dança das Águas, em frente à sede da Prefeitura do Rio, na Cidade Nova.

No Bicentenário da Independência, em 2022, a Conservação recuperou marcos históricos. Entregou a reforma da Quinta da Boa Vista, localizada no Bairro Imperial de São Cristóvão, após quatro meses de obras. Foram recuperados o jardim-terraço que fica diante do Museu Nacional, os quatro portões da Quinta, os monumentos (estátua de D. Pedro II; Templo de Apolo; Gruta e Cascata; Pagode Chinês; Dólmens de Meditação; esculturas Canto das Sereias e Serpente; bustos de José Bonifácio, Auguste Glaziou e Nilo Peçanha) e os elementos em rocaille, como pontes, bancos e guarda-corpos. O busto de José Bonifácio foi remodelado porque havia sido furtado.

Ainda entre as ações pelo Bicentenário, foram restauradas as estátuas de D. Pedro I, na Praça Tiradentes; de José Bonifácio, no Largo de São Francisco; os monumentos da Praça XV (estátuas de D. João VI e General Osório, Chafariz do Mestre Valentim e Marco à Fotografia); e a Ponte dos Jesuítas, em Santa Cruz. A estátua de João Cândido, que ficava na Praça XV, foi transferida para um local de maior destaque na Praça Marechal Âncora.

Ainda em 2022, foram recuperados os Arcos da Lapa e religados os chafarizes da Avenida Princesa Isabel, em Copacabana; da Praça São João Berchmans, em Parada de Lucas, e da Praça Ben Gurion, em Laranjeiras. Também começou a ser executada uma grande revitalização do Parque do Flamengo, uma área tombada.

Em 2023, a Conservação recolocou o busto de Orlando Silva, no Cachambi. A peça, originalmente em bronze, foi remodelada em resina, material sem valor comercial, para tentar coibir os furtos. Também foi realizada a limpeza de pichações e recuperação do Marco 11 da Fazenda Imperial de Santa Cruz.

Em junho de 2023, o busto de Marcílio Dias, que sofreu tentativa de furto e passou por restauro, foi recolocado.

Também foram realizados os restauros dos coretos da Praça Catolé do Rocha, em Vigário Geral; do Jardim do Méier; da Praça Seca, em Jacarepaguá, e do Coreto Estrela, no Parque do Flamengo.

Desde a inauguração da estátua em homenagem a Carlos Drummond de Andrade, em 2002, os óculos do monumento, instalado em Copacabana, já foram recolocados 14 vezes. A última delas foi no ano passado. Desde 2002 a estátua também já foi pichada quatro vezes.

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