Assunto entrou na pauta de especialistas nesta quinta-feira (11), durante programação realizada pela FIESC com a participação do secretário Cleverson Siewert
Colocar Santa Catarina entre as alternativas de investimento no recém-lançado Complexo Econômico-Industrial da Saúde (CEIS). Este é o objetivo comum entre empresários e gestores públicos que participaram de programação realizada pela FIESC na tarde desta quinta-feira (11), em Florianópolis. Secretário de Estado da Fazenda, Cleverson Siewert abriu a rodada de discussões e defendeu a união de esforços entre os setores público e privado para o fortalecimento desta que pode ser uma nova matriz econômica.
Na avaliação dele, a demanda crescente por produtos e serviços neste segmento sinaliza o protagonismo da indústria da saúde no desenvolvimento econômico de Santa Catarina a médio e longo prazos.
“A saúde pode ser a próxima matriz econômica a ser desenvolvida em nosso Estado? Estamos convencidos que sim. O governador Jorginho Mello é um estadista e costuma pensar o Estado para as próximas duas décadas. Para isso, a gente precisa pensar diferente e fazer diferente para ter resultados diferentes. Em conjunto, portanto, podemos construir ideias e oportunidades nesta mesma direção. A saúde é um setor estratégico, que funciona e pode ser um novo motor de desenvolvimento em SC”, destacou.
O setor da saúde em Santa Catarina, observou Siewert, já conta com referências relevantes na indústria, nos serviços e em desenvolvimento de biotecnologia, que podem ser otimizados nos próximos anos. Existe potencial, reforçou, para que o Estado venha a se estabelecer como um polo de turismo da saúde no Brasil, assim como ocorre em outras regiões do mundo.
“O mundo privado tem ideias, iniciativas, produtos já oferecidos e outros em desenvolvimento. Temos a ACATE com tecnologia e inteligência artificial. Temos softwares, dispositivos médicos, vacinas. Precisamos juntar tudo isso em um ecossistema de forma mais coerente. Como política pública de Estado, precisamos organizar isso. Vamos desburocratizar, simplificar, ajudar nesse movimento”.
Em um recado aos empreendedores, o secretário indicou que o Governo de Santa Catarina também está disposto a aportar recursos para incentivar esse processo. “Se tivermos uma política pública bem estabelecida, com regras claras e objetivos que mostrem uma razoável consequência das propostas apresentadas, nós vamos apoiar”, manifestou.
Fortalecimento do setor até 2033 – O CEIS é uma das propostas para o fortalecimento do setor produtivo até 2033. Foi apresentado em janeiro deste ano pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), formado por governo federal, sociedade civil, indústrias e trabalhadores.
A iniciativa busca articular três setores: indústria química e biotecnológica (produz remédios, vacinas, reagentes), indústria mecânica, eletrônica e de materiais (fabrica equipamentos mecânicos, eletrônicos e próteses) e operadores (hospitais e serviços de diagnóstico e tratamento).
Do ponto de vista econômico, é percebido como algo capaz de futuramente alavancar a indústria da saúde no Brasil porque só o SUS, maior sistema público de saúde do mundo, garantiria a compra de boa parte da produção.
Por meio do CEIS, por exemplo, a indústria metalmecânica do país poderia produzir ou aumentar a produção de equipamentos como respiradores, que precisaram ser importados na pandemia.
Indústria da saúde em SC – Em Santa Catarina, a indústria da saúde é a sexta no ranking local de produtividade. Entre outros, produz medicamentos para pessoas e animais, aparelhos eletromédicos, eletroterapêuticos e instrumentos para uso médico e odontológico.
Também participaram do evento os secretários Marcelo Fett (SCTI), Silvio Dreveck (SICOS) e Julio Cesar Marcellino Jr (adjunto da Fazenda), além do diretor-presidente do BRDE, João Paulo Kleinübing, e do presidente da Fapesc, Fábio Wagner Pinto.
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