O Palácio dos Tropeiros completa, em 2023, 42 anos de existência e segue chamando a atenção de munícipes, visitantes e pesquisadores. Um exemplo é a estudante Jerrymee Llei Alipio, que nasceu nas Filipinas e vive em Cerquilho, cidade da Região Metropolitana de Sorocaba, há aproximadamente 14 anos.
Jerrymee, de 21 anos, cursa o sétimo semestre de Arquitetura e Urbanismo na Facens (Faculdade de Engenharia de Sorocaba). A jovem visitou, na segunda-feira (24), o Arquivo Público e Histórico Municipal (APHM), localizado na Vila Hortência, onde teve acesso aos processos de construção do edifício do Paço Municipal.
Entre as pesquisas nos arquivos e plantas do prédio, ela contou sobre como surgiu o tema do trabalho. “Nosso professor nos deu esta missão, de fazer um artigo e um seminário sobre a Teoria e a História da Arquitetura. Então, escolhemos o Palácio dos Tropeiros, para abordar o projeto e a história dessa belíssima construção, de mais de 40 anos. É um prédio importante e que chama muita atenção. Nós apresentamos o trabalho na faculdade e foi um grande sucesso. Aprovado com louvor!”, conta.
Palácio dos Tropeiros – patrimônio histórico de Sorocaba
Inaugurado em 15 de junho de 1981, pelo então prefeito responsável pela obra, José Theodoro Mendes, o prédio foi projetado pelo arquiteto paulistano Luiz Arthur Guimarães Navarrete e recebeu o nome de Palácio dos Tropeiros em homenagem ao Tropeirismo, importante ciclo histórico da cidade e de todo País.
A obra teve início em 1978 e foi realizada pela empresa Constecca, vencedora da licitação na época, de propriedade de Oswaldo José Stecca e sua esposa, Janet Stecca. A festa de inauguração, na ocasião, contou com a presença do então senador André Franco Montoro e de um público estimado em mais de duas mil pessoas.
O Palácio dos Tropeiros é tombado como patrimônio histórico de Sorocaba, pelo Decreto Municipal nº 24.000, de 27 de agosto de 2018, com Grau de Preservação 1, ou seja, com preservação da edificação interna e externamente, devido às suas características arquitetônicas, com estilo que privilegia a “verdade estrutural” da edificação e caracterizado pelo concreto armado. O objetivo foi de garantir a preservação desse local de grande valor histórico para o município, além da identidade e memória cultural da população.
Referência até os dias de hoje, por suas linhas modernas e arrojadas, seu traçado foi inspirado em uma parábola, imaginada em ritmo crescente do 1º ao 6º andar do prédio, simbolizando o crescimento futuro do município. Anos depois da sua construção, o Palácio dos Tropeiros se confirmou realmente como um marco do desenvolvimento de Sorocaba. Construído em concreto e vidro, o prédio possui seis andares, com um elevador panorâmico, e é ponto turístico da cidade. No sexto andar, fica o gabinete do prefeito.
O Palácio dos Tropeiros fica situado no Parque do Paço e, em seu entorno, encontram-se o Teatro Municipal “Teotônio Vilela”, a Biblioteca Municipal “Jorge Guilherme Senger” e a Câmara Municipal de Sorocaba.
O Parque do Paço possui uma extensa área verde, com elementos paisagísticos e é considerado um dos lugares mais bonitos de Sorocaba. Sua localização e beleza, além da importância política e administrativa para a cidade, atraem inúmeras pessoas, que utilizam o espaço para a prática de esporte e o lazer. Sua área é cercada por um lago artificial habitado por peixes e pássaros. Possui um jardim com gramado, flores e é muito arborizado, além de reunir parque infantil, ciclovia e pista de caminhada.
Arquivo Público e Histórico Municipal (APHM)
O Arquivo Público e Histórico Municipal (APHM) fica localizado na Rua Comandante Salgado, 2.443, no bairro Vila Hortência, na Zona Leste de Sorocaba. Seguindo determinação legal, no local, estão guardados, aproximadamente, 700 milhões de folhas de documentos, ocupando dois barracões inteiros, que, juntos, têm perto de cinco mil metros quadrados de área. Tudo que foi produzido desde 1940 está devidamente armazenado no APHM, sendo alguns documentos datados de 1932.
“O Arquivo Central é responsável pela preservação, guarda e acesso de todos os documentos produzidos no âmbito da Administração Municipal, os quais encerraram sua atividade e estão na fase de “guarda intermediária”. O papel do Arquivo Público e Histórico Municipal é garantir que as informações sejam geradas da maneira correta, para que estas possam ter sua preservação garantida, quando transferidas, em definitivo, para o Arquivo Central,” explica Héllen Baldo, chefe da Divisão de Arquivo Público e Histórico Municipal, da Secretaria de Administração (Sead).
Fotos: Michelle Alves / Secom
