Diniz, sobre árbitro: ‘Ele não é médico. O Léo Jardim estava falando que estava com dor’
— Em relação à expulsão, criou uma nova jurisprudência no futebol. Inadmissível o Flávio fazer o que ele fez aqui hoje. Não tem cabimento. É a coisa que mais vai ser falada do jogo. Foi um bom jogo. Não lembro uma expulsão desse tipo na minha carreira como jogador ou técnico. Ele não é médico. O Léo Jardim estava falando que estava com dor. Se ele se machucou, não é problema dele (Flávio). Ainda tem falta de critério, porque no primeiro tempo tem a imagem do massagista do Inter mandando o Rochet cair no chão, porque estávamos melhores que eles. O Roger fez algumas alterações. Nem critério ele teve. Quero ver quantos goleiros vão ser expulsos.
— O Jardim me disse que ele falou: “levanta, senão vou te expulsar”. Ele é o único corajoso? Queremos ter uma relação amistosa com a arbitragem. Mas contra o Grêmio tivemos um lance determinante, que o árbitro interrompe um ataque do David, e deixamos dois pontos no caminho. Hoje ele foi determinante de novo. O de hoje é muito pior. Não tem cabimento sob nenhum aspecto. Ele disse que estava com dor na perna. Aí ele vai lá e expulsa o jogador. Ou não acontece mais, ou acontece sempre. Não queremos sermos beneficiados, queremos critério.
Ao ser perguntado se Léo Jardim correu um risco de ser expulso ou não, Diniz respondeu de forma enfática.
— De maneira nenhuma! Quantas vezes você viu um juiz fazer isso? Se fosse uma coisa recorrente ele teria que levantar com dor ou sem dor. Talvez agora, com certeza ele vai expulsar muitos goleiros e aí eles vão passar a levantar mais rápido quando forem ameaçados. Isso foi o que o Léo meu relatou. Eu não ouvi o Flávio relatar.
O técnico disse que o Vasco tem respondido bem aos treinamentos, mesmo há cinco sem vitórias. Diniz disse que os resultados não estão acompanhando a produção do time vascaíno, que criou boas chances contra Grêmio, Del Valle e Inter, mas não venceu nenhum jogo.
— O time tem respondido muito bem. Os resultados não estão acompanhando a produção do time nas partidas. Poderíamos ter vencido o Grêmio por 3 a 0, o Del Valle também, talvez até classificar. E hoje também. Não soubemos aproveitar as chances. É o que eu quero. O time continuar produzindo e na defesa não termos nenhum vacilo.
Diniz disse que estaria mais preocupado com o Vasco caso o time não estivesse criando chances durante as partidas. O treinador afirmou que as vitórias vão começar a acontecer.
— Claro que me preocupa. Mas me preocupa menos que se não tivesse criando. Uma hora a bola do Vasco vai passar a entrar e a do adversário não. Esse lance do segundo tempo era um lance muito fácil. Desde que cheguei ao Vasco eu vejo o time só evoluindo com os inúmeros problemas que tem o Vasco. O time consegue responder muito bem. Ninguém imaginava que ia chegar aqui e fazer o 1º tempo que fez. O time tem trabalhado muito, se não for o que mais trabalha que peguei na minha carreira, está entre os que mais trabalha. As vitórias vão começar a acontecer.
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Recuo do time no segundo tempo— O que aconteceu é que o jogo na segunda parte pediu outra coisa. Que é até marca do meu trabalho, que é a saída com toques curtos. A gente não desceu o time para jogar. O jogo não ficou mais difícil, mas pediu outro tipo de abordagem. A gente tinha que descer com mais jogadores e fazer uma saída mais curta. Ficamos jogando em bola longa. O Inter ficou em cruzamentos e a gente sabia marcar. Outro fator é que estamos em uma sequência de final de semana e meio de semana, já o Inter descansou a semana inteira. Jogar com saída curta desde trás exige bastante da parte física. Acho que os jogadores podem ter sentido um pouco o cansaço dessa sequência de jogos.
Desempenho x Resultados— Eu acho que sim. Não que hoje é um exemplo a ser seguido. Fizemos isso contra o São Paulo, contra o Del Valle, contra o Grêmio. Não temos oscilado no rendimento. Temos oscilado mais no resultado que no rendimento. Acho que os jogadores estão muito comprometidos, precisamos muito da ajuda do nosso torcedor. A bola vai entrar, não dá para ficar discutindo o resultado. A maneira como os jogadores tem se comportado na dedicação. Está todo mundo muito imbuído do que temos que fazer.
Fonte: ge