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Agência Minas Gerais | Hasteamento de bandeira dos Inconfidentes e ações culturais marcam celebração do Dia de Minas em BH

Uma réplica da bandeira dos Inconfidentes foi hasteada junto à execução dos hinos do Brasil e de Minas Gerais na tarde desta quarta-feira (16/7), no pátio do Palácio da Liberdade. O ato simbólico contou com a apresentação da Banda da Polícia Militar, marcando a celebração do Dia de Minas em Belo Horizonte com uma programação cultural que se estendeu, ao longo da tarde, por outros espaços, como a Praça da Estação, o Museu Mineiro e a Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais.  

Léo Bicalho

“Esse é um dia muito importante para o povo mineiro, e como não mecionar as nossas belezas, as nossas riquezas culturais e naturais dos 853 municípios. Lembramos que no último domingo recebemos, com o reconhecimento do Vale do Peruaçu, o nosso primeiro título de Patrimônio Natural da Humanidade pela Unesco, como não honrar esse título e tudo o que ele representa. Viva a Minas Gerais, a nós mineiros e a nosso orgulho da mineiridade”, celebrou a subsecretária de Turismo, Patrícia Moreira.   

Bandeira dos Inconfidentes 

A cor verde foi inicialmente escolhida pelos Inconfidentes para preencher o triângulo que marca a bandeira. Associando a forma geométrica, símbolo de razão, equilíbrio e justiça, herança do pensamento iluminista, com o verde da esperança, os Inconfidentes criaram um ideal político e social para o estado. 

Depois da escolha inicial pelo verde, a bandeira assimilou o vermelho, para representar o ideal revolucionário de que haveria se imbuído a Inconfidência Mineira. Em 1963, uma lei formalizou a adesão a esta cor. “Essa dualidade cromática do verde e do vermelho nos revela que, mais do que uma cor, a bandeira de Minas carrega o ideal que permanece: a liberdade”, ressaltou o coordenador executivo do Circuito Liberdade, Lucas Amorim.

Dia de Minas 

O Dia de Minas foi institucionalizado em 1969, com o objetivo de reforçar a tradição política e cultural do estado. A data relembra a fundação de Mariana, em 1696, a primeira vila e capital de Minas. Resgatando a Inconfidência Mineira, movimento que tinha o objetivo de emancipar Minas Gerais do governo de Portugal, a Banda da Polícia Militar de Minas Gerais executou repertório que homageou a trajetória de Tiradentes.

Arte e história 

Realizada pelo Circuito Liberdade e pelo Arquivo Público Mineiro, uma exposição no Palácio da Liberdade promove uma reflexão sobre o que caracteriza o mineiro nos aspectos político, social e culturalmente. Um dos destaques é a apresentação do Termo de Criação da Vila de Nossa Senhora do Ribeirão do Carmo (atual cidade de Mariana), datado de 1711. 

Também estão expostos o original da lei que criou o Dia de Minas, em 1979, além do livro “A Bandeira de Minas Gerais”, de Waldemar de Almeida Barbosa, publicado em 1961. 

A Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais realizou a ação “A Biblioteca e a Cidade”, na Praça da Estação. Houve distribuição de livros com temática mineira, exemplares do Suplemento Literário (edição especial “Afromineiridades”), além de materiais produzidos pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais.

Na sede da Biblioteca, a programação seguiu com uma roda de leitura infantojuvenil dedicada às obras do escritor e ilustrador mineiro Marcelo Xavier, conduzida por Luiza Xavier, e com o Sarau Minas de Poesias.

Já no Museu Mineiro, houve visitas mediadas à exposição “Minas das Artes, Histórias Gerais”. Objetos históricos dividem espaço com pinturas monumentais, como “Cena de Garimpo”, de Di Cavalcanti, e “Guerra dos Emboabas”, de Carybé, além de obras de arte sacra datadas dos séculos XVIII e XIX.