Os Jogos da Melhor Idade de Mato Grosso do Sul movimentaram Campo Grande entre os dias 17 e 19 de junho com muita energia e espírito esportivo. Promovido pelo Governo do Estado, por meio da Fundesporte (Fundação de Desporto e Lazer de Mato Grosso do Sul) e da Setesc (Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura), o evento foi gratuito e aberto ao público.
Nesta edição, participaram delegações de 46 municípios, competindo em nove modalidades esportivas, tanto individuais quanto em duplas. As provas de atletismo foram realizadas no Parque Ayrton Senna. Já as demais modalidades damas, dança de salão, dominó, malha, sinuca, tênis de mesa, truco e xadrez aconteceram no Espaço Expo, localizado no Shopping Bosque dos Ipês.
Mais do que uma competição, os Jogos da Melhor Idade têm como objetivo fortalecer o papel social do esporte na vida das pessoas idosas. Incentivar o convívio social e a troca de experiências entre gerações contribuindo significativamente para a qualidade de vida. Os Jogos têm se consolidado como um espaço de interação e uma oportunidade para novas amizades.
Entre tantas histórias inspiradoras que nascem nos Jogos, está a de Nilma e Eliana, amigas que se conheceram há quatro anos durante os Jogos da Melhor Idade, na cidade de Dourados. Desde então, elas se reencontram anualmente no evento, competindo tanto nas modalidades individuais e em duplas quanto nas coletivas, mantendo viva uma amizade que ultrapassa os limites das quadras e tabuleiros.
Nilma Lombardi Papareli, de 64 anos, natural de Angélica, compartilha como a convivência com outros atletas idosos têm transformado sua vida:
“Eu participo do vôlei, mas essa é a primeira vez que participo da dama. Os jogos, pra mim, têm um significado enorme. Eu lido com depressão, tomo medicação e, inclusive, semana passada eu não estava bem. Mas só de estar aqui, encontrar minhas amigas, me dá vontade de chorar. Fico emocionada, porque isso aqui é um verdadeiro presente pra gente. Vocês não imaginam o quanto é gostoso estar aqui”, conta emocionada.
Nilma ainda deixa um convite: “Eu recomendo pra todos! A amizade que a gente faz aqui é a melhor coisa do mundo, e eu quis levar isso pra minha vida. Conhecemos pessoas de vários lugares.”
Eliana Aparecida de Arruda, de 65 anos, moradora de São Vicente, também é só gratidão pelos Jogos. Atleta de dominó, vôlei adaptado e dança de salão, ela reforça a importância das amizades formadas no evento:
“O mais especial é a interação entre as pessoas. A gente se diverte, se movimenta e conhece muita gente nova. Fiz amizades com pessoas de várias cidades e o mais bonito é que essas amizades permanecem. A cada edição dos Jogos, a gente se reencontra, tanto nas competições individuais quanto nas equipes, como no vôlei. Esses laços não se rompem aqui, eles continuam ao longo do ano. Isso, pra mim, é o mais valioso: a amizade verdadeira que nasce desses encontros.”
Além do aspecto social, Eliana destaca os benefícios para a saúde:
“Os Jogos também têm um papel fundamental na minha vida. Tenho desgastes na coluna e no joelho, mas isso não me impede de participar. Pelo contrário, me dá mais ânimo para dançar, brincar, me movimentar — tudo com acompanhamento do meu ortopedista, claro. O exercício físico me dá energia e, com 65 anos, eu não tomo remédios. Por quê? Porque a alegria de viver, que vem dessas atividades, é o meu melhor remédio. Momentos como esse fazem toda a diferença na nossa qualidade de vida. Dançar faz bem, jogar faz bem e, o mais importante, a mente continua ativa e feliz. Graças a Deus.”
Confira os resultados das modalidades individuais e duplas:
Boletim 4 – JMI
Bel Manvailer, Comunicação Setesc
Fotos: Coolaab/ Registros Esportivos