Vegetti e Paulo Henrique mostram apoio a Loide no Vasco: “Vai nos ajudar muito”
Loide foi um dos personagens da classificação do Vasco contra o Operário nos pênaltis, na última terça-feira. O atacante angolano converteu o último pênalti da equipe nas alternadas, mas chamou a atenção em São Januário depois de “provocar” Fernando Diniz e ser vaiado por torcedores durante a partida. Nos últimos dias, o jogador recebeu o apoio do elenco e do técnico para dar a volta por cima no clube.
Entende-se internamente que há um problema de falta de confiança. O atacante é visto com bons olhos na parte esportiva. É rápido, tem drible, mas se deixa abalar facilmente por vaias ou por erros cometidos dentro das partidas. Depois do jogo contra o Operário, Diniz teve longas conversas com Loide para corrigir este problema. O técnico do Vasco tem confiança de que poderá aproveitar o atacante e de que ele será importante para o time ao longo da temporada.
Em conversa com o presidente Pedrinho, Diniz afirmou que contará com Loide e que o atacante pode ajudar bastante o Vasco.
Além de Diniz, os jogadores do Vasco também saíram em defesa de Loide. Vegetti, que abraçou o angolano antes do pênalti nas cobranças e pediu para São Januário apoiá-lo, disse que Loide ainda precisa entender o que é o clube, mas que a equipe precisa dele.
— É um jogador que chegou há pouco tempo no Vasco. Tem que entender o que é o clube. Temos que ajudar. Ele pode nos ajudar muito. Necessitamos dele. A torcida estava um pouco chateada pelo jogo, mas todos precisávamos dele. Por isso, abracei, fui andando junto com ele, e ele bateu o pênalti muito bem.
Paulo Henrique, também titular do Vasco, disse que Loide tem características importantes para a equipe, como a velocidade e o drible. O lateral lembrou que, em alguns momentos, outros jogadores também foram criticados e depois se firmaram. Ele destacou que o angolano já fez boas partidas.
— Ele tem um talento muito grande, ainda está se adaptando. Ele é muito rápido, tem um 1×1 muito bom. Foi muito importante para a equipe, independentemente da cobrança ou não. Temos que saber que vestir essa camisa é cobrança o tempo todo. Vários jogadores já passaram por isso. Vamos passar ainda. Aos poucos, ele vai se adaptar a isso. Importante é ter cabeça boa para sustentar esses momentos e nos ajudar.
— Ele já fez diferença em alguns jogos. Contra Cruzeiro e Palmeiras foi assim, ele não pode se abalar. E a torcida pode apoiar porque ele vai nos ajudar bastante.
O abraço apertado entre Fernando Diniz e Loide Augusto foi destaque no vídeo de bastidores da classificação do Vasco na Copa do Brasil. Nas imagens publicadas pelas Vasco TV, os dois se abraçam e conversam no vestiário, após o jogo.
Veja o abraço do Loide com o Fernando Diniz após a classificação do Vasco
A implicância da torcida com Loide já vem de alguns jogos. Contra Puerto Cabello, Vitória e Operário, o jogador colecionou alguns momentos que irritaram os vascaínos. Em Salvador, o atacante foi chamado de displicente por Felipe, diretor técnico do Vasco.
Contra o Operário, Loide foi vaiado pela torcida vascaína, em especial, por ter tentado, sem sucesso, um drible elástico na lateral do campo – o que irritou o técnico Fernando Diniz na área técnica.
Em um outro momento, durante uma pausa na partida, Loide foi até Diniz e ouviu as instruções do técnico. Na segunda chamada, o atacante não deu bola. O técnico perdeu a cabeça, gritou o nome dele mais de cinco vezes e usou até Piton para chamá-lo, mas foi ignorado. Na sequência do jogo, depois de um chute perigoso, no qual Loide parece ter “respondido” Diniz, o técnico foi à loucura e entrou na área técnica do Operário para chamar o atacante do Vasco.
Loide chegou ao Vasco no fim de fevereiro deste ano, O clube carioca pagou 1,5 milhão de euros (R$ 9 milhões) ao Alanyaspor, da Turquia. O acordo prevê ainda bônus de 1 milhão de euros (R$ 6 milhões) caso o atleta atinja determinadas metas. O angolano soma dez partidas, sem nenhum gol ou assistência.
Fonte: ge
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