Os alunos do Ensino Fundamental II da Rede Municipal estão participando do lançamento de foguetes dentro da 19ª Olimpíada Brasileira de Foguetes (ObaFog). O evento foi aberto por 26 estudantes da Escola Municipal Duque de Caxias, na frente do Estádio Almeidão, no Cristo. Na Estação Cabo Branco – Ciência, Cultura e Artes, no Altiplano, participaram, no turno da tarde, os alunos das escolas Aruanda e Índio Piragibe, com 50 integrantes cada.
Para se classificar para a segunda etapa, o foguete tem que alcançar 100 metros de distância. O lançamento de Breno Lucas de Souza de Lima, 8°ano, da Escola Duque de Caxias, chegou a 147 metros, sendo o mais distante da escola. “Eu não esperava. Consegui dar muita pressão no lançamento. Quando eu vi a decolagem já fiquei feliz. No ano passado fique em segundo lugar, mas este ano fui o primeiro”, disse.
Os alunos confeccionaram os próprios foguetes usando garrafas pets e fitas adesivas. A base de lançamento, que é feita de cano PVC, foi produzida com a equipe de professores.
“A gente fez um foguete com materiais resistentes como, por exemplo, aletas de pote de sorvete. A ponta fizemos de durepoxi, focando muito na aerodinâmica, lixamos certinho e pensamos também no arrasto para ter o máximo de eficiência possível. E deu certo. O foguete chegou a 200 metros de distância”, disse com Pedro Ferraz, aluno da Escola Municipal Aruanda, que formou a equipe com Caíque Rodrigues e Enzo Brandão.
A professora de Ciência da Escola Aruanda, Isabel Feitosa, celebrou a aumento do número de mulheres na competição. “Esse ano a gente pôde notar uma crescente participação das meninas nas atividades que envolvem Ciência, principalmente nas práticas, o que antes era uma coisa mais voltada para meninos. Acho que pelo incentivo da escola, pelo incentivo de nós professores também, as meninas se sentiram mais proativas nesse sentido, e também mais pertencentes a esse espaço, que antes era de fato ocupado por meninos”, analisou a professora.
Programação – Nesta quarta-feira (14), das 8h às 11h, também na Estação Cabo Branco, será a vez dos alunos das Escolas Municipais Zulmira de Novais e Quilombola Antônia do Socorro Silva Machado. À tarde, das 13h às 16h, será o segundo grupo das escolas Aruanda e Índio Piragibe.
Sexta-feira (16), das 13h às 16h, os alunos da Escola Municipal Bilíngue Dom José Maria Pires encerram os lançamentos.
Ainda na sexta-feira os alunos vão fazer a prova da OBA, de forma presencial na própria escola, onde responderão questões de astronomia e de astronáutica.
O professor de Ciência da Escola Municipal Índio Piragibe, André Castro, falou que tudo isso vai além de uma competição. “Os alunos se organizam em equipe, constroem o foguete, estudam juntos, propõem diversas outras atividades e isso é muito bacana, pois rompe com o modelo tradicional. É dado aos alunos a oportunidade de poderem desenvolver o trabalho em equipe, resolução de problemas. Eles estão alinhados com os objetos do desenvolvimento sustentável, inclusão, igualdade de gêneros, entres outros aspectos”, disse o professor.
Próxima etapa – Após as anotações dos lançamentos os professores registram na plataforma da 28ª Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA) a distância dos foguetes e o resultado da prova. Na segunda etapa, eles vão concorrer em nível nacional.