Diminuiu o número de candidatos com o título de ‘pastor’ registrados para disputar as eleições de 2024 nos dois maiores colégios eleitorais da Paraíba. Levando em conta a soma de candidaturas em João Pessoa e em Campina Grande, a queda foi de 55% em relação a 2020.
Um levantamento do Jornal da Paraíba no sistema Divulgacand, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mostra que quatro homens e uma mulher usaram o título religioso ao registrar suas candidaturas na Capital.
Outros dois candidatos escolheram a abreviação “PR” para a disputa, enquanto outro candidato optou pelo substantivo “Irmão” antes do nome.
No uso entre evangélicos, o termo “irmão” tem uma conotação social e religiosa ao ser utilizado como forma de tratar uma pessoa que pertence ao mesmo círculo social.
Em 2020, o número de registros de candidaturas com esses nomes foi maior em João Pessoa: foram catorze com o título de “pastor”, sendo cinco mulheres.
Campina Grande
Em relação a Campina Grande, a queda também foi expressiva.
Se em 2020 foram seis candidatos registrados com o título de “pastor”, na eleição de 2024 são apenas dois postulantes com o uso do título religioso. Outros dois colocaram o substantivo “irmão” na candidatura em 2024.
Partidos
Embora o espectro político da direita domine o debate entre o público evangélico, um dado que chama a atenção em relação aos registros de candidaturas de 2024 em João Pessoa é a participação de partidos de esquerda nessas candidaturas.
Para se ter uma ideia, dos 7 nomes registrados com os títulos de “pastor” em João Pessoa, cinco estão filiados a partidos de centro-esquerda (Agir, PSB e PDT) e somente dois a partidos de direita (PL e Novo).
Em Campina, os dois candidatos registrados estão filiados aos partidos Avante e Novo, enquanto uma candidata do sexo feminino com título de “irmã” está filiada à federação PT, PC do B e PV.
Mesmo que não haja, nesse momento, uma conclusão objetiva sobre a queda no número de registros de candidaturas com o título de pastor, ou “pastora” uma explicação factível é que esse dado reflete a queda no número total de candidaturas registradas na Paraíba.
Alguns candidatos, mesmo que ligados ao movimento evangélico, optaram por não usar o termo e ainda assim estão na disputa.
