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‘Jogado’ no fogo cruzado por Romero, Marinaldo assume postura de coragem

Marinaldo

Quem conhece a história de vida do presidente da Câmara de Vereadores de Campina Grande, Marinaldo Cardoso (Republicanos), sabe que ele sempre teve uma posição de fidelidade com o seu grupo político – o Cunha Lima. Marinaldo veio do movimento comunitário e tem uma ligação forte com os bairros mais pobres de Campina.

Este ano, os movimentos feitos pelo ex-prefeito Romero Rodrigues (Podemos) colocaram o presidente do Legislativo campinense em um fogo cruzado.

Acreditando nos sinais de Romero, Marinaldo manteve-se no Republicanos, um partido da base de João Azevêdo (PSB) e que faz oposição ao prefeito Bruno Cunha Lima (UB). Defensor histórico de Bruno, ele aos poucos foi levado a um rompimento político nos bastidores.

Com a desistência de Romero, não havia mais como voltar atrás.

Dois caminhos, contudo, eram possíveis: dizer publicamente que votaria na oposição e por trás do palanque trabalhar por Bruno; ou entrar de vez no bloco oposicionista.

Marinaldo optou pelo segundo percurso. Mais arriscado, mas também mais reto e coerente para quem é agente público. Ao ponto de hoje ser anunciado vice na chapa de Jhony Bezerra (PSB).

Cardoso abdica de uma reeleição tranquila na Câmara com a perspectiva de manter a Presidência do Legislativo para ser fiel aos movimentos que fez, nos bastidores, durante os últimos meses. Algo que merece registro.

Ele fará a campanha da esposa, Aninha Cardoso (Republicanos).

A postura de Marinaldo é de coragem. Vai para o risco, mas deixará para a própria trajetória a marca da retidão com os próprios propósitos.