Um dia após o anúncio feito pelo ex-prefeito de Campina Grande e deputado federal Romero Rodrigues (Podemos) a aliados mais próximos, de que não disputará a prefeitura campinense este ano, a política paraibana ainda assimila os reflexos disso na disputa eleitoral de Campina.
Na oposição, a desistência impacta diretamente em um grupo que esperou muito por ter a presença do ex-prefeito em seu palanque.
O aceno de Rodrigues para uma recomposição com o prefeito Bruno Cunha Lima (UB) deverá impor a necessidade de reavaliação das estratégias oposicionistas.
O ‘sonho’ de uma única candidatura no grupo, capaz de sepultar os planos de reeleição de Bruno, fica cada vez mais distante.
Uma candidatura única pode reduzir as chances de um eventual segundo turno na segunda maior cidade do Estado. Já a pulverização de nomes no embate amplia esse horizonte.
Por hora a missão de provocar uma segunda etapa no pleito está nas mãos do deputado estadual Inácio Falcão (PC do B), do médico Jhony Bezerra (PSB), do advogado André Ribeiro (PDT), da ex-secretária Rosália Lucas (PSD) e do empresário Artur Bolinha (PL). Nessa lista, contudo, ainda poderemos ter defecções, a partir do fechamento das chapas.
Na base do prefeito Bruno lições deverão ser observadas. O grupo por muito pouco não irá às urnas dividido na cidade que sempre foi o seu principal reduto eleitoral.
Além da questão eleitoral de 2024, qual é o desafio?
Refazer as relações entre os envolvidos. E não deixar acontecer o que aconteceu após 2020. Depois da recomposição política, é preciso que sejam construídas pontes e adotadas novas posturas. Com mais ações práticas e menos fogo amigo.
A questão do vice
Agora a discussão é sobre quem será o vice (ou a vice) indicado para a chapa do prefeito Bruno. Alguns nomes foram cogitados inicialmente, mas ontem à noite dois deles já foram praticamente descartados: a esposa de Romero, médica Micheline Rodrigues, seria uma opção mas não tem disposição para ocupar o espaço. E a hipótese foi descartada por Romero.
O deputado Tovar Correia Lima chegou a ser pensado, mas não cabe na chapa. Seria tentar unir água e óleo nesse momento. Tovar e Bruno não tem uma boa relação e tucano foi um dos poucos a fazer críticas públicas ao prefeito.
Por enquanto, tem sobrado o nome do ex-chefe de gabinete de Romero, Alcindor Vilarim. É um nome que agrada também parte dos aliados de Bruno.
Também surgiram nas últimas horas o ex-secretário de saúde de Campina Grande, Filipe Reul; e o ex-vereador Nelson Gomes.