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Programa de plantio do governo de SP impulsiona regeneração e multiplica florestas | Governo do Estado de São Paulo

O exemplo vem de casa. Um dos motivos pelos quais o Estado de São Paulo registra atualmente mais áreas de floresta em regeneração do que regiões desmatadas, segundo dados do Painel Verde, é o intenso programa de plantio compensatório levado a cabo por órgãos como o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) e o Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), ambos vinculados à Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil). De 2020 até os dias atuais, já foram plantados quase 760 hectares.

Adotado como política de estado, o plantio compensatório devolve com sobras a eventual supressão de árvores em decorrência das atividades de cada órgão ou por força de recomposição compulsória decorrente de destruição por parte de agentes privados. Segundo o Painel Verde, em 2023, as áreas com restauração e reparação já somam 2.398,99 hectares, enquanto as áreas com intervenção irregular, cerca de 2.137,8 hectares.

No caso do DER, todas as intervenções do departamento nos 13 mil quilômetros de estradas sob sua administração estão sendo convertidas em árvores plantadas em locais selecionados. É o que ocorre com a restauração ecológica de 250 hectares programada para o Parque Estadual Rio do Peixe. Criada em 2022, a unidade de conservação abrange os municípios de Ouro Verde, Dracena, Presidente Venceslau e Piquerobi, também no noroeste paulista, e está recebendo um investimento de R$17,2 milhões para a ação. O plantio compensatório é um procedimento aprovado pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) para unificação de diversos Termos de Compromisso de Recuperação Ambiental (TCRA) relativos às intervenções do DER na malha rodoviária que administra.

“Essa é uma forma moderna e inteligente de ampliar o espaço de floresta e, consequentemente, o potencial de carbono que o Estado dispõe sem abrir mão das atividades necessárias para a melhoria logística”, afirma a secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, Natália Resende. “Além disso, a população recebe de volta o verde como um bem permanente e que será transmitido de geração em geração”, acrescenta.

O programa no Parque Rio do Peixe é uma nova etapa dentro da política de plantio compensatório permanente no DER. Anteriormente, o departamento atuou na regeneração de 450 hectares de mata no noroeste do estado. Cerca de 900 mil mudas de árvores nativas e frutíferas como ipês, angicos, aroeiras, ingás e jatobás, foram plantadas entre 2020 e 2022 no Parque Estadual Aguapeí. Criada em 1998, a unidade abrange os municípios de Castilho, São João do Pau d’Alho, Nova Independência, Monte Castelo, Guaraçaí e Junqueirópolis.

Já o Departamento Estadual de Águas e Energia Elétrica (DAEE) concluiu o plantio do projeto de restauração e enriquecimento florestal do Parque Natural Municipal da Cultura Negra – Sítio da Candinha, em Guarulhos. No local, em um hectare foram plantadas 2.065 mudas de espécies nativas da Mata Atlântica, entre elas Dedaleiro, Paineira, Canudo-de-Pito, Cedro Rosa, Pau Viola, Tarumã, Ingá, Tingui, Angico do Morro, Sangra d’Água, Aroeira Pimenteira, Jacarandá da Bahia, Capixingui, Aldrogo, Candeia Branca, Laranja de Macaco, Monjoleiro, Guapuru (ou Jabuticaba) e Guarupuruvu.

A restauração ecológica em área cedida pela Prefeitura é uma das contrapartidas pela canalização de 20 quilômetros de leito do rio Baquirivu–Guaçu, um importante afluente do Rio Tietê, O projeto prevê o plantio compensatório também em outras áreas. É o caso de 27,69 hectares de mata no Parque Estadual do Rio Turvo, no Vale do Ribeira, de 21,16 hectares na Estação Ecológica de Mogi-Guaçu, e de 5,6 hectares no Parque Estadual Itaberaba.

Mais 12 milhões de árvores 

O Estado de São Paulo vem acelerando também o programa de plantio associado à iniciativa privada. Recentemente, a gigante farmacêutica Astrazeneca assinou termo de compromisso para o plantio de 12 milhões de árvores nativas da Mata Atlântica. As mudas servirão para a regeneração de uma região no Pontal do Paranapanema, em um investimento privado de R$ 350 milhões alinhado com o que prevê o Plano Estadual do Meio Ambiente. As mudas serão plantadas em áreas particulares que somam mais de 6 mil hectares, o equivalente a 36 Parques do Ibirapuera ou 6 mil campos de futebol.