Daniel Henrique Silva Barreto estuda no GET Elza Soares – Marcelo Piu / Prefeitura do Rio
O ensino do futuro já está presente nas escolas da rede da maior Secretaria Municipal de Educação da América Latina: a carioca. Desde março de 2022, as unidades inauguradas na cidade do Rio são os Ginásios Experimentais Tecnológicos, criados para potencializar nos alunos o desenvolvimento de novas competências e habilidades. Os GETs oferecem aos estudantes a possibilidade de criação de projetos interdisciplinares, que vão além do livro didático. Atualmente são 10.767 matriculados em 22 instituições, consideradas inovadoras no país. A meta da Prefeitura do Rio é abrir 200 GETs até 2024.
A secretaria pretende chegar a 75 unidades até o fim deste ano, atendendo a mais de 30 mil alunos de todas as regiões da cidade. A ideia é promover uma educação pública de qualidade e integrada ao mundo contemporâneo.
Sala de aula do GET Elza Soares – Marcelo Piu / Prefeitura do Rio
Os GETs fazem parte de um novo modelo de escola, polo de inovação, que fomenta o desenvolvimento de competências do Século XXI, por meio da abordagem STEAM (Science, Technology, Engineering, Art e Math), aprendizagem baseada em projetos, atividades mão na massa (cultura maker) e recursos que promovam a cultura digital e o pensamento computacional.
Com propostas inovadoras e soluções criativas, é feito um trabalho interdisciplinar, que combina Matemática, Ciências, Engenharia, Tecnologia e Artes. A ideia é unir a tradicional grade curricular a atividades de computação e robótica, por exemplo. É um conceito pedagógico no qual o conteúdo didático é abordado a partir de necessidades reais, vividas e trazidas pelos próprios alunos, de forma colaborativa.
Quadra do GET Elza Soares – Marcelo Piu / Prefeitura do Rio
Os ginásios foram instituídos na educação carioca por meio do decreto municipal Nº 50.434, de 23 de março de 2022. Nesta mesma data foi inaugurada a primeira escola do programa, a Elza Soares, no bairro do Rocha. Daniel Henrique Silva Barreto, de 8 anos, é aluno do 3º ano na unidade e fala com animação sobre o que aprende por lá:
– Tem salas com computadores, posso jogar, fazer meus trabalhos, Até quando jogo eu aprendo algo novo. E tem as aulas de educação física também, na quadra. Gosto de tudo.
Antonella Massiel da Silva Moreira estuda no GET – Marcelo Piu / Prefeitura do Rio
Antonella Massiel da Silva Moreira, de 9 anos, que também está no 3º ano, faz uma lista de tudo o que mais gosta no GET:
– Usamos notebook, tem sala de leitura, artes, colaboratório, aula de espanhol. É tudo muito bom.
Conceitos dos GETs
– O aluno vai construir para resolver os problemas. Ele é o protagonista.
– Cada GET tem um professor-articulador, referência junto à secretaria.
– Cultura é da “mão na massa”, para aproximar a educação ao contexto e à realidade do aluno.
– Repensar a educação para o futuro.
Horário de funcionamento
Todos os GETs são integrais.
7h30 às 14h30, para os alunos.
7h30 às 15h30, para os professores. Todos os dias eles dedicam uma hora ao centro de estudos.
As unidades
– Dos 22 GETs inaugurados, quatro são unidades totalmente novas, no modelo Fábrica de Escolas.
– Serão inauguradas mais quatro unidades no modelo Fábrica de Escolas e outras quatro, resultado do Legado Olímpico.
Atividade no GET Elza Soares – Marcelo Piu / Prefeitura do Rio
Diferenciais dos GETs
As unidades com o Programa GET dispõem de um colaboratório, espaço que funciona como um convite à transformação de práticas e rotinas pedagógicas, ampliando as possibilidades de implantação da educação colaborativa. Eles têm:
– Papelaria e Aviamentos (material de costura): papel, fita crepe, cola de tecido, cola quente, cola comum, linha, barbante, massa de modelar, tinta de tecido, tinta guache, feltro, tecidos e outros produtos.
– Ferramentas e Maquinários: máquina de costura, TV, som, projetor. – Informática: notebooks, tablets, impressora 3D, impressora de corte, placa de robótica e software de programação.
Capacitação de professores
Todos os professores dos GETs passam por treinamento para capacitação pedagógica na “cultura maker”. Os profissionais nas funções de professor-articulador, professor de projeto integrador e coordenador pedagógico fazem ainda formação na Nave do Conhecimento em prática em programação (Scractch, Thikercad e outros), placa de prototipagem Arduino e Micro.bit e para uso de Impressora 3D, cortadora de Vinil e outros. A aula é presencial, e os participantes se tornam multiplicadores em sua unidade de ensino. Hoje são 100 professores formados e serão mais 216 até o fim de 2023.
Resultados Positivos
– Melhora na aprendizagem.
– Redução de depredações nas escolas.
– Diminuição de brigas entre alunos.
– Redução da evasão escolar. Em uma unidade, saiu de 25% para 0.
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Categoria:
Marcações: Educação GET Ginásios Experimentais Tecnológicos Prefeitura do Rio prefeitura do Rio de janeiro
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