A Prefeitura do Rio, por meio da Secretaria Municipal de Trabalho e Renda (SMTE), irá certificar 18 jovens aprendizes, nesta quarta-feira (29/3), às 14h, no Museu Histórico Nacional, no Centro. Foram 16 meses de aprendizado e prática para jovens entre 14 e 24 anos, residentes em situação de vulnerabilidade, sobre introdução ao mercado de trabalho, como se comportar nas empresas, leis e direitos trabalhistas, entre outros assuntos que os habilitam ao primeiro emprego.
– Acompanhamos de perto a evolução de cada um dos jovens para, agora, podermos começar a etapa de inserí-los no mercado de trabalho – destacou Daniele Almeida, gerente de Qualificação da SMTE.
– Conhecendo os pontos fortes de cada um dos jovens podemos indicá-los para o primeiro emprego em nossas empresas parceiras e continuar na trajetória de mudar vidas por meio da qualificação, geração de trabalho e renda. De 18 em 18 mudamos histórias de vida – disse o secretário Everton Gomes.
O programa ajudou Pedro Henrique Barros de Jesus, de 22 anos, e seu irmão Wando a se mudarem com sua mãe da Favela da Maré para uma área fora de risco, em Bonsucesso. Hoje, cursando o 6º período de Sistemas de Informação na UNIRIO, é educador de programação em Front End e Back End, dá aula na ONG Redes da Maré e já abriu sua MEI para começar a prestar serviços.
– Quando olho para o final de 2021 nem acredito que isso tudo aconteceu com a gente. Multiplicamos por cinco a nossa renda familiar e pudemos sair da área de risco graças ao estudo, à qualificação e à persistência – comemorou Pedro Henrique, informando que, antes, os três viviam com renda de R$ 1 mil mensais.
O pré-requisito para participar do programa é ter completado ou estar cursando Ensino Médio. Mylena Souza, 20 anos, moradora do Complexo do Alemão, como Carlos Henrique Rocha, outro que está muito feliz com a etapa que se encerra nesta quarta-feira, havia concluído o Ensino Médio e trabalhou na área administrativa da secretaria, o que lhe abriu interesse por dar início a uma faculdade nesta área.
– Percebo uma grande mudança intelectual em mim desde o início até agora. Uso tudo o que aprendi na gestão da ONG da minha mãe no Alemão – sintetizou a jovem.
– Meu sonho é trabalhar com TI e tirar a minha mãe da nossa casa que está condenada pela Defesa Civil desde que nasci – compartilhou Carlos Henrique.
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